sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Puno - San Pedro de Atacama

Estamos de volta! Pedimos desculpa pela falta de actualização. Podíamos ter actualizado in loco mas não tínhamos como pôr as fotografias e por isso optámos por esperar. Posts com fotografias ficam, sem dúvida, muito mais enriquecidos, principalmente com paisagens lindas e indescritíveis como as que vimos! Levámos duas máquinas e agora que já temos tudo organizado voltamos em força para contar tudo.
Já estamos em Lisboa há quase uma semana de regresso de uma das melhores viagens da nossa vida!

Mas voltando onde ficámos...
A viagem de Puno a San Pedro de Atacama era O dia pelo qual mais "temíamos", tinha tudo para correr mal, tanto por onde pegar, tanto que facilitava a nossa estadia em S. Pedro mais curta. De qualquer maneira, e podemos já adiantar, CONSEGUIMOS! 24h sem parar. Autocarro, táxi, autocarro (e autocarro). Uma loucura de dia!!
O nosso "medo" vinha principalmente do facto de não termos muita informação se sequer isto era possível. Não lemos muita coisas de pessoas que o tenham feito. A verdade é que muita gente que sai do Lago Titicaca vai até San Pedro de Atacama pela Bolívia, fazendo o deserto do Uyuni. Por muito que adorássemos ir (mesmo!) ao salar não tínhamos mesmo tempo, por isso tínhamos de fazer este percurso.

A "aventura" começou com a compra dos bilhetes de Puno a Tacna (cidade peruana perto da fronteira com o Chile). Comprámos os bilhetes assim que chegámos de Puno na estação. Perguntámos ao nosso guia do Inka Express qual a companhia que fazia o percurso e indicou-nos a San Martin. A San Martin vem, de facto, no Lonely Planet, nomeadamente ao dizer "Warning: this is a rough trip that’s only for hardy shoestring travelers" e os comentários não são nada bons. Apesar de não ser animador fazer uma viagem de 7h num mau autocarro não tínhamos grande hipótese de fazer diferente! Tinha de ser!

O senhor que nos atendeu tinha péssimo aspecto e depois de discutirmos preços, nós irmos levantar o dinheiro para comprar, diz-nos: "ah.. mas só podem comprar no próprio dia." Tanta conversa e afinal só daí a 2 dias é que podíamos comprar? Refilámos e discutimos com ele (uma coisa que aprendemos é que no Peru às vezes só falando com eles à bruta é que eles se mexem) e lá conseguimos comprar os bilhetes. Queríamos/precisávamos de comprar logo porque se íamos só com peruanos, convinha ficarmos em bons lugares, e conseguimos comprar na primeira fila, no lugar panorâmico e tudo o que se passasse atrás de nós não íamos ver lol.

A verdade é que o autocarro era um bocado velho, não cheirava lindamente (passados uns minutos entranha-se), de facto eram só peruanos, a casa de banho não era muito simpática mas não era um pesadelo.. anyway tudo se passou tranquilamente. O autocarro saiu às 9h30 em ponto e chegou às 16h30 em ponto a Tacna. Zero frio (estava até calor). A estrada sempre alcatroada!

O trajecto era Puno - Moquegua - Tacna. Até Moquegua a estrada foi sempre, sempre, sempre em zig-zag pelas montanhas. De Moquegua a Tacna parecia que estávamos no deserto, com uma estrada em linha recta pelo meio.
O engraçado é que o autocarro apanhava e deixava pessoas literalmente no meio do nada. Parámos para 'almoçar' num sítio sinistro e degradado (eu fiquei no bus) e o Pedro só conseguiu arranjar um queijo frito enjoativo. Ele e todos os outros peruanos, e tudo de volta ao autocarro com o dito queijo por comer (eu de mola no nariz quase lol). Parámos também para um controlo de vegetais, legumes, etc, mas tudo sem problema. Fui quase a viagem toda a ouvir mp3 e ver a paisagem. A primeira etapa estava feita!

na estação à espera do bus


até Moquegua

até Moquegua

até Moquegua

Moquegua - Tacna
 (fotografias com o telemóvel)

Agora o desafio era passar a fronteira. Tínhamos combinado que, no matter what, tínhamos no mínimo que entrar no Chile naquele dia.
No Chile acontece muito cada empresa de bus ter o seu próprio terminal, apesar de também existirem terminais grandes e gerais. Apanhámos um táxi do terminal onde parou o San Martin para irmos até ao Terminal Internacional, porque sabíamos que era desse que saíam os táxis colectivos que passam a fronteira (20 soles/pax) de Tacna a Arica. Apanhámos um táxi com mais três chilenos e o taxista tratou de todos os nossos papéis.
A bicha na fronteira era interminável e o fuso horário não jogava a nosso favor, eram 2h mais tarde no Chile. Sabíamos que a Turbus saía para S. Pedro às 22h, mas até isso parecia já impossível. Na verdade, quando chegámos às fronteiras, sair do Peru revelou-se mais 'difícil', e principalmente, mais demorado, que entrar no Chile. Como em todas as fonteiras onde a língua é a de nuestros hermanos, perceberem que o nosso nome do pai vem em último, e o do mãe vem primeiro, é toda uma longa conversa! lol.

Chegámos ao Terminal Terrestre em Arica às 21 horas chilenas. Corremos para a TurBus. Pedimos os bilhetes e a senhora diz "só temos um lugar." Nós: "Como?? Um lugar?? Não é possível! Vá lááá", a senhora "Não tenho mesmo mais nada", automaticamente comecei a dizer que vou ao colo, na casa de banho, no chão, no tecto, mas que nos deixem ir!! Tínhamos conseguido já chegar a Arica e por UM lugar não podíamos ir??! Não podia ser!! Mas não havia nada a fazer.... Perguntámos se havia mais alguma empresa que fizesse Arica - S. Pedro e disseram-nos que só havia mais UMA. E era desta que tínhamos de conseguir. E conseguimos. Chama-se Buses Atacama 2000 e tinha lugar para nós. Problema: tínhamos acabado de chegar e não tínhamos pesos chilenos e o bus saía daí a 10minutos, às 21h15. Resumindo, pagámos com dólares (34USD/pax) que tínhamos para uma emergência, deram-nos o troco em pesos, com esses pesos pagámos a taxa de saída (200 pesos/pax acho eu) e com o resto comprámos um pacote de bolachas (entretanto não comíamos há horas), e ficámos sem dinheiro outra vez. Às 21h15 estávamos a arrancar para S. Pedro de Atacama, tudo sempre a correr, nem podíamos acreditar!!

O autocarro era novo, óptimo, com aquecimento, bancos óptimos e foi uma óptima viagem. O único inconveniente é que nos tiraram os passaportes a todos logo no princípio da viagem e, às 3h da manhã mandam-nos sair, a nós pessoas, às nossas malas de mão, e às nossas malas de porão, para uma inspecção. Estava um frio de rachar (felizmente tínhamos os nossos mega casacos quentes) e ficámos até às 4h no controlo, onde seguidamente nos devolveram os passaportes. Depois seguimos até Calama, onde chegámos às 7h. Voltaram a 'expulsar-nos' do bus. Com a pressa toda (queremos acreditar) ninguém nos avisou que era suposto trocarmos de bus de Calama para S. Pedro e que esse segundo bus que iria até S. Pedro só ia sair às 8h30. Puseram-nos num terminal mínimo, meio em obras e gelado, até irmos para o outro autocarro (este já velho e frio). De qualquer maneira era só 1h30 de viagem e dormimos com todo o cansaço.

Às 10h da manhã chegámos a S. Pedro de Atacama. 24h30 depois de sairmos de Puno. Tínhamos conseguido. Sempre a correr. Sempre a achar que qualquer migalha podia estragar tudo. Que alívio!! Chegámos ao hostel Tuyasto, era excelente, e fomos recebidos quase como família... conseguimos!!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lago Titicaca

A visita ao lago Titicaca seria de apenas um dia, pelo que só poderíamos visitar duas ilhas: Uros e Taquile. Tínhamos marcado o tour no dia anterior (40soles com transfers, barco, guia e entrada) no hostel.

No dia 07 de Setembro ás 06h50 o nosso transfer chegava para nos vir buscar. Connosco viriam mais uns brasileiros (há tantos!), espanhóis, franceses, entre outros. O porto onde se encontram os barcos nao é nada de especial, mas também nao era para admirar a sua beleza que ali estávamos. 

A partida foi, em primeiro lugar, para as ilhas de Uros, que ainda se encontram na baía de Puno e a uns 30min de viagem do porto. Estas ilhas sao flutuantes e foram construidas por volta do ano 800dc. A pergunta fica: flutuantes?? De facto, estas ilhas foram construidas artificialmente pela populacao das mesmas, através de uma planta chamada totora que existe ao longo do lago. Com a parte de baixo dessa planta conseguem criar uma "plataforma" que boia, com cerca de 2/3 metros de altura. Seguidamente, com a parte mais mole da planta (tipo palha) vao revesando blocos de planta (2m) até criar o chao existente. Para que as ilhas fiquem no mesmo sítio poem uns paus presos com corda para servir de ancora.
Como a totora é o principal material de construcao tudo é feito com a mesma: casas, bancos, mesas, barcos, torres de vigia... tudo!

Quando chegámos a Uros parece que, de repente, entramos noutro mundo. Tudo é diferente, tudo é nada a ver com o que estamos habituados a ver e estar, tudo é completamente estranho, mas bonito! As pessoas que lá vivem tem tambem roupas com cores mais fortes: verde alface, cor-de-laranja, azul turquesa.. e sem padroes. Convidam-nos a visitar as suas casas e a ver o seu modo de vida, cujo rendimento vem principalmente da venda de pecas de artesanato e da pesca (e das gorjetas).

Adorámos Uros, ficámos completamente espantados como, através de um aparente débil material, se pode fazer tanta coisa, se pode sobreviver por aquilo existir.

Para passar de uma ilha a outra (Uros ainda) apanhámos um dos barcos de totora, cujos remos eram movidos pela forca de um homem e uma mulher (mae), e onde estavam quatro criancas. Tal nao foi a nossa surpresa, quando essas criancas comecam a cantar musicas de todos os cantos do mundo (até em japones! portugues nada..), por troca de uns soles. Foi uma viagem divertida a ouvir aquelas vozes amorosas a cantar musicas que provavelmente nem sabiam o que queriam dizer. 
Chegámos á outra ilha, esta já com construcoes mais elaboradas, com direito a um "café" e esplanada onde bebemos um chá de muña (melhor que o de coca, principalmente para o soroche), que tem sabor a menta.. óptimo!!

Saímos de Uros para uma viagem de quase 3h até á ilha de Taquile onde íriamos almocar e visitar. Esta é a ilha conhecida pelos seus 500 e muitos degraus até ao topo, onde estao as casas. Felizmente parece que construiram um passeio alternativo e bastante mais facil, por onde fomos (nao deixa de ser sempre a subir e com a altura cada metro os pulmoes gritam por ar). 
Chegámos á praca central da ilha e, apesar de nao ser nada de especial, a vista por todo o lago era, sem duvida, impressionante! De facto, é um lago mas parece mais um oceano, só se ve agua a perder de vista, lindo!! Das vistas mais bonitas que já vimos.
A populacao desta ilha usa outro tipo de roupa, onde as mulheres usam um "véu" preto e os homens um barrere e um cinto trabalhado com várias cores. O que é interessante é que, ao longo da nossa viagem vamos vendo que muitos destes povos vao alternando as cores dos chapeus (por exemplo) para distinguir os homens e mulheres casados ou solteiros. Normalmente os casados usam cores mais escuras e os solteiros cores claras e mais fortes. Também ficámos fascinados, já que se ve por todo o lado, as mulheres usarem "pom-pons" presos ao fim das trancas.

Almocamos truta e omelete de legumes acompanhado de chá de muña (optimo!) e, depois de mais umas fotografias, regressámos ao porto para mais uma viagem de 3h até Puno, onde chegámos por volta das 16h30.

ilustracao da construcao das ilhas flutuantes (nao consigo por direita sorry)

para esta só me ocorre: LOL

interior da casa


criancas a cantar no barco de totora e madeira

vista de Taquile

no cimo dos 500 e tal degraus

 (desculpem os erros, continuamos com teclado sem acentos certos)

Cusco - Puno (Inka express)

No dia 06 de Setembro era tempo de deixar a linda cidade de Cusco para nos dirigirmos á cidade peruana mais próxima do lago Titicada: Puno. Pesquisamos na internet (http://www.cusco-puno.com/cuscobuscompanies) e encontrámos o Inka Express, uma empresa peruana que faz este percurso parando em determinados locais turísticos. Nao é barato (50USD/pax), mas o servico é, de facto, de luxo, com direito a um óptimo autocarro, guia espanhol/ingles, hospedeira para servir bebidas durante toda a viagem, entradas nos locais e almoco. A viagem que durou 10h fez-se com a maior leveza do mundo, sempre com o entusiasmo de como seria a próxima paragem. Os locais visitados foram:

- Andahuaylillas: uma Igreja linda, espanhola, com frescos muito bonitos, e com decoracoes católicas e outras alusivas ás crencas incas (sol, água, terra, fogo)
- Raqchi: ruínas incas, onde existe um dos maiores templos (Wiracocha) com 92m de altura e 25,5 de largura. Também podemos ver um troco do caminho inka que, originalmente, tem á volta de 11000km desde a cidade argentina de Tucuman até Pasto na Colombia 
- Almocámos em Sicuani com uma espanhola de Zaragoza cujo marido ficou no bus doente (simpatiquíssima!)
- La Raya: uma paragem rápida num dos sítios mais altos onde estivemos (4000m e tal), com uma vista linda para uma montanha de neve
- Pucara: uma cidadezinha onde fomos a um museu com múmias e onde vimos pela primeira vez "vicuñas" (tipo lama mas cuja la é caríssima e sao protegidas pelo Estado)

Passámos por Juliaca (medo!) e chegámos a Puno por volta das 17h. Foi nesta parte que aprendemos porque é que as casas no Peru nao ficam acabadas. Pelos vistos existe um imposto para as casas acabadas (tipo IMI supomos) e por isso a solucao passa por nao acabar as casas para nao pagarem esse imposto. Resumindo, os tijolos, o cimento, as vigas, etc, tudo fica ao natural!...

Assim que chegámos comprámos logo a viagem de autocarro de Puno a Tacna (na fronteira com o Chile) na San Martin (35 soles/pax) e ao chegar ao hostel (Quechuas Backpackers, que recomendamos vivamente!) reservámos um tour para o dia seguinte.

Raqchi

Raqchi

Raqchi

Raqchi - caminho inka

La Raya - o local mais alto onde estivemos nesta viagem!

La Raya


Pucara

Pucara - Pedro a fazer amizade com a vicuñas

Pucara - vicuñas

Pucara - influência espanhola

Juliaca

(perdoem-nos a falta/erro de acentos, sao os que há)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Machu Picchu


O comboio da companhia PeruRail partiu as 7:30 da manha da estacao de Poroy, a cerca de 20 minutos de táxi de Cusco. A nossa ansia vinha de há muito e o entusiasmo era crescente. Afinal, estávamos a escassas 3 horas de poder ver, ao vivo e a cores, umas das 7 maravilhas do mundo, a cidade perdida dos inkas, a montanha velha, a preciosidade que dá pelo nome de Machu Picchu.
 Chegados a estacao de Poroy, demos de caras com um casal frances, Francois e Nathalie, que havíamos conhecido na véspera, durante o tour ao Valle Sagrado. Logo travámos conversa a pretexto de uma possível partilha de táxi aquando do regresso a Cusco, visto que, como ja referi, a estacao fica longe do centro da cidade. Por uma simpática coiencidencia, os lugares dos gauleses no comboio eram mesmo ao lado dos nossos, junto com dois americanos, que iriam sair antes a fim de percorrerem 1 dia e uma noite do famoso Inka Trail, e de duas japonesas que passaram as 3 horas de viagem a tirar fotografias a tudo o que mexia, desde a mais banal paisagem as bebidas trazidas pelas hospedeiras. As primeiras 2 horas sao pouco mais que triviais, onde nao se alcanca nenhuma vista desclumbrante. Mas a última hora, essa e de ficar boquiaberto com a beleza da vista que se nos atravessa pelas diversas janelas da locomotiva. Nao da mesmo para descrever por palavras, nem mesmo as fotografias espelham a magia do momento. Havendo oportunidade, tem que se ir, ver com os próprios olhos.
 Chegamos a Aguas Calientes por volta das 10:30, onde logo fomos procurar saber como e onde se podia apanhar o autocarro até a cidade perdida. Quanto a vila em si, nao há muito para contar. Trata-se apenas de um aglomerado de hostais e restaurantes de gosto duvidoso, precos incomportáveis e qualidade mediocre. Contudo, tendo Machu Picchu a 10 minutos de distancia, o que interessam as características de Aguas Calientes?
 Descemos do autocarro ($9), sempre na companhia dos franceses, e de pronto o nosso espaco foi invadido por inúmeros guias dispostos a prestar os seus servicos. Até esse momento, tínhamos decidido, em conformidade com o casal frances, que nao iríamos contratar qualquer guia. Mas o preco acessivel  (15soles/pax) fez-nos mudar de ideias. E foi a melhor opcao a tomar. E este é o conselho que deixo a todos os futuros visitantes do Peru independetemente do local onde estejam: nao deixem de contratrar guias! Por mais que ao principio pareca banha-da-cobra, no final fica-se bastante mais conhecedor dos mistérios que envolvem a época Inka e pré-colombina. Todos os guias, sendo oficiais, sao bastante cultos e munidos de informacao relevante.
O momento chegou. Machu Picchu estava ali, a nossa frente, nao sendo necessario olhá-lo, a própria Cidade Perdida nos lanca um olhar fulminante. A guia levou-nos ao local onde se tira a chamada " Fotografia Panoramica ", e depois segue-se a volta por todos os locais da cidade. Ficamos a saber a finalidade de cada local construído pelos Inkas. Também, do alto da montanha, pode observar-se o fim da Trilha Inka, que viríamos a saber que ficou definido por uma falha sísmica, bem como as margens do rio Urubamba por onde Iram Bingham chegou a Machu Picchu em 24 de Julho de 1911.

Com a minha limitada qualidade literária nao permite escrever muito mais acerca deste dia inesquecível, deixo-vos algumas das fotografias que tirámos.















terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cusco - fotografias


















(clicar nas fotografias para aparecerem maiores)

Assim que tivermos tempo pomos as legendas, agora estamos com pressa para apanhar o bus + aviao para Santiago!

Vemo-nos na capital do Chile!