Aventura Andina: Lima

É verdade. Já estamos no Perú há quase dois dias! A chegada a Lima passou-se com toda a tranquilidade. O voo da Air Europa prestou um óptimo serviço durante as 11 horas de viagem.

À chegada ao aeroporto de Lima o que mais temiamos acabou por nao acontecer. As malas estavam, felizmente, na capital peruana! Todo este regojizo deve-se à quantidade de histórias que tenho ouvido sobre a perda de malas nos voos com destino ao Perú. Estavam as malas, mas nao estava Jesús. Nao me refiro ao divino, pois esse está em todo o lado. Tao pouco ao responsável técnico do Benfica, que o seu lugar é no Seixal. Refiro-me sim ao suposto motorista que nos deveria levar do aeroporto atè ao Hotel. Esperamos quase uma hora e nada. Decidimos apanhar um táxi oficial. O taxista tinha muito bom aspecto, trajado de fato de gravata, ostentava um sem número de acreditaçoes oficiais do governo e guiava um Chevrolet preto de fazer inveja a muito executivo ocidental. Até aqui tudo nos conformes. O pior foi quando veio ao de cima o seu sentido de orientaçao. Uma vez chegado ao centro de Lima, após o trajecto que começou no Aeroporto Jorge Chavez, parecia que sabia tanto das ruas como nós próprios. Foram mais de 30 minutos em busca do Hotel Duo no bairro de San Isidro. Depois de muitas voltas, pedidos de informaçao aos peruanos que faziam o jogging matinal, chamadas telefónicas a colegas, lá alcançamos o destino pretendido.

À nossa espera estava uma simpática recepcionista e uma delicioso pequeno-almoço. Visto que eram 7 de manha, e a noite tinha sido passada num aviao, optamos por dormir um pouco. Saimos do hotel pelas 11:30 em direcçao à Plaza de Armas.

O centro de Lima foi uma total surpresa face às, pelos vistos falsas, expectativas que trazia de Lisboa. Esperavamos uma total confusao e desorganizaçao que, francamente, nao existe. O local é muito limpo e organizado, está plenamente vigiado por policias e oficiais do exército (nao estivesse aí localizada o Palácio do Presidente). Todos os os agentes oficiais sao muito prestáveis e amáveis. Respondem a tudo o que se lhes pergunta com uma notável eficiência. Visitamos, como já disse, a Plaza de Armas, a Catedral de San Francisco (já reconstruida diversas vezes dado a abundância de terramotos que a zona sofre), a Igreja de Santo Domingo, a Plaza San Martin (em memória do libertador e primeiro Presidente do Perú) onde almoçamos uma deliciosa Parrillada. Mais tarde acabamos por beber um cafe e uma cerveja cusqueña no bar Cordano.

À tarde tomamos um táxi para o outro lado da cidade a fim de visitarmos o Museu de la Nación. Museu esse dotado de extremo interesse, onde contratamos um guia que nos explicou, de forma sucinta, toda a história dos povos peruanos. Desde aos povos pré-incas, aos própios Incas a acabar no periodo colonial.

A noite optamos por passear no bairro de Miraflores (zona nobre) onde acabamos por jantar. Recomenda-se uma sumo natural no café La Lucha, localizado ao lado do parque Kennedy e uma volta pelo inovador centro comercial ArcoMar. Refira-se que, tanto a Rita como eu, tivemos oportunidade de ver o Oceano Pacífico pela primeira vez! E que vista!

À hora que escrevo esta humilde crónica encontro-me num hostel em Cusco na companhia do proprietário a assistir a um jogo do campeonato peruano. Para a largatada que segue este blog, os elogios a Andrés Carrillo foram bastantes.