quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Machu Picchu


O comboio da companhia PeruRail partiu as 7:30 da manha da estacao de Poroy, a cerca de 20 minutos de táxi de Cusco. A nossa ansia vinha de há muito e o entusiasmo era crescente. Afinal, estávamos a escassas 3 horas de poder ver, ao vivo e a cores, umas das 7 maravilhas do mundo, a cidade perdida dos inkas, a montanha velha, a preciosidade que dá pelo nome de Machu Picchu.
 Chegados a estacao de Poroy, demos de caras com um casal frances, Francois e Nathalie, que havíamos conhecido na véspera, durante o tour ao Valle Sagrado. Logo travámos conversa a pretexto de uma possível partilha de táxi aquando do regresso a Cusco, visto que, como ja referi, a estacao fica longe do centro da cidade. Por uma simpática coiencidencia, os lugares dos gauleses no comboio eram mesmo ao lado dos nossos, junto com dois americanos, que iriam sair antes a fim de percorrerem 1 dia e uma noite do famoso Inka Trail, e de duas japonesas que passaram as 3 horas de viagem a tirar fotografias a tudo o que mexia, desde a mais banal paisagem as bebidas trazidas pelas hospedeiras. As primeiras 2 horas sao pouco mais que triviais, onde nao se alcanca nenhuma vista desclumbrante. Mas a última hora, essa e de ficar boquiaberto com a beleza da vista que se nos atravessa pelas diversas janelas da locomotiva. Nao da mesmo para descrever por palavras, nem mesmo as fotografias espelham a magia do momento. Havendo oportunidade, tem que se ir, ver com os próprios olhos.
 Chegamos a Aguas Calientes por volta das 10:30, onde logo fomos procurar saber como e onde se podia apanhar o autocarro até a cidade perdida. Quanto a vila em si, nao há muito para contar. Trata-se apenas de um aglomerado de hostais e restaurantes de gosto duvidoso, precos incomportáveis e qualidade mediocre. Contudo, tendo Machu Picchu a 10 minutos de distancia, o que interessam as características de Aguas Calientes?
 Descemos do autocarro ($9), sempre na companhia dos franceses, e de pronto o nosso espaco foi invadido por inúmeros guias dispostos a prestar os seus servicos. Até esse momento, tínhamos decidido, em conformidade com o casal frances, que nao iríamos contratar qualquer guia. Mas o preco acessivel  (15soles/pax) fez-nos mudar de ideias. E foi a melhor opcao a tomar. E este é o conselho que deixo a todos os futuros visitantes do Peru independetemente do local onde estejam: nao deixem de contratrar guias! Por mais que ao principio pareca banha-da-cobra, no final fica-se bastante mais conhecedor dos mistérios que envolvem a época Inka e pré-colombina. Todos os guias, sendo oficiais, sao bastante cultos e munidos de informacao relevante.
O momento chegou. Machu Picchu estava ali, a nossa frente, nao sendo necessario olhá-lo, a própria Cidade Perdida nos lanca um olhar fulminante. A guia levou-nos ao local onde se tira a chamada " Fotografia Panoramica ", e depois segue-se a volta por todos os locais da cidade. Ficamos a saber a finalidade de cada local construído pelos Inkas. Também, do alto da montanha, pode observar-se o fim da Trilha Inka, que viríamos a saber que ficou definido por uma falha sísmica, bem como as margens do rio Urubamba por onde Iram Bingham chegou a Machu Picchu em 24 de Julho de 1911.

Com a minha limitada qualidade literária nao permite escrever muito mais acerca deste dia inesquecível, deixo-vos algumas das fotografias que tirámos.















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